09 de Fevereiro de 2020 às 12:13 FONTE: Equipe

Confere o que rolou dia 01/02 no Programa Gás Total

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Foto: Reprodução

 

Cassandra neste sábado (01/02), falou que Marielle Franco terá praça em sua homenagem em São Paulo, José de Abreu sai em defesa dos LGBTs e ameaça revelar passado de Regina Duarte: “Vou lhe desmascarar”e ‘A impunidade favorece o assassinato’, aponta ANTRA, que registrou assassinato de 124 pessoas trans em 2019.

Confere o que mais rolou no programa:

Marielle Franco terá praça em sua homenagem em São Paulo

O prefeito do estado de São Paulo, Bruno Covas, resolveu sancionar na última semana, o projeto que homenageia e nomeia uma praça com o nome da vereadora Marielle Franco, que foi assassinada em 2018.

A política lutava pelos direitos humanos, era lésbica e vereadora do PSOL, no estado do Rio de Janeiro. No dia do assassinato, o motorista chamado Anderson Gomes também foi morto.

De acordo com o Guia Gay, o projeto de Bruno consiste além de nomear a praça, que fica próxima da conhecida Rua Padre Archilles Silvestre, na Brasilândia, Zona Norte de São Paulo.

Nos planos do prefeito, ele também deseja relacionar a escadaria que liga as ruas Ruas Cardeal Arcoverde e Cristiano Viana, em Pinheiros, em homenagem a lutadora Marielle Franco.

Fonte: Observatório G

 

José de Abreu sai em defesa dos LGBTs e ameaça revelar passado de Regina Duarte: “Vou lhe desmascarar”

O ator Zé de Abreu ameaçou revelar o passado da colega, Regina Duarte, através de suas redes sócias, nesta quarta-feira (29/01), em prol do gays. Segundo o ator, a atriz, recém convidada pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) para ocupar a Secretaria Nacional de Cultura, deixou seus amigos gays chocados pela amizade com o atual Presidente da República.

“Lembra de quantos gays lhe tiraram rugas? Coloriram seus cabelos brancos? Criaram figurinos para esconder suas banhas? Você está cagando na cabeça deles! Eles me ligam, desesperados, com sua postura! Tenha vergonha nessa cara! Vou até o fim”, escreveu o ator, que ainda convidou Regina para um debate sobre cultura e política. “Topa, apoiadora de fascista? Ministra- nem isso – secretária! de um presidente sem legitimidade, um escroto, que quer que você discrimine a diversidade? Que discrimine LGBTS?”.

Ainda na publicação, o ator chega a citar algo do passado dos dois: “Eu sei o que fizemos na sua casa, na Barra da Tijuca. Eu sou artista, assumo meu vícios e me libertei deles. Mas você, assumindo um cargo público, vai ter que prestar conta deles. E eu vou cobrar isto de você”. “Vou até o fim. REGINA DUARTE, vou lhe desmascarar! Assuma seu cargo de apoiadora de fascista se tiver coragem. E aguente as consequências. Outra coisa, EU NÃO ESTOU SÓ! Arrisco minha carreira para impedir que uma colega minha se atire num poço sem fundo”, finalizou o ator.

Fonte: Pheeno

 

‘A impunidade favorece o assassinato’, aponta ANTRA, que registrou assassinato de 124 pessoas trans em 2019

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA) divulgou nesta quarta-feira (29), Dia da Visibilidade Trans, o Dossiê dos Assassinatos e da Violência Contra Pessoas Trans Brasileiras. Os dados mostram as mortes referentes ao ano de 2019, chamando a atenção que o Brasil continua sendo o país que mais mata trans e travestis no mundo. A ONG Transgender Europe também aponta o Brasil sendo o mais violento para trans, seguido do México, que apresenta a equivalência de 1/3 das mortes do Brasil.

“Além de denunciarem a violência, explicitam a necessidade de políticas públicas focadas no enfrentamento da transfobia e consequentemente a redução de homicídios contra pessoas trans, traçando um perfil sobre quem seriam estas pessoas que estão sendo assassinadas a partir dos marcadores de idade, classe e contexto social, raça, gênero, métodos utilizados, além de outros fatores que colocam essa população como o principal grupo vitimado pelas mortes violentas intencionais no Brasil.” – diz o comunicado no site oficial da Antra Brasil.

O levantamento diz que houve morte de 466 pessoas trans registradas entre os anos de 2017 a 2019, sendo 124 apenas em 2019. No ranking por estado em números absolutos, São Paulo fica em primeiro lugar com 51 mortes, e em 2º está a Bahia e o Ceará, com 40 casos. Rio de Janeiro aparece logo em seguida, com 37; Minas Gerais, com 34 e em 5º, Pernambuco, com 28.

No entanto, considerando a taxa de proporcionalidade, a estimativa é que o estado de Roraima seja o mais violento perante este grupo, como mostra a tabela abaixo.

A idade média das mortes é de 29 anos

O Mapa dos Assassinatos 2019 aponta que 59,2% das vítimas tinham entre 15 e 29 anos; 22,4% entre 30 e 29; 13,2% entre 40 e 49; 3,9% entre 50 e 59 anos; e 1,3% entre 60 e 69 anos.

O dossiê aponta que a morte de uma adolescente com 15 anos “ratifica o fato de que a juventude trans está diretamente exposta à violência que enfrenta no dia-a-dia”.

Considerando todos os dados, a idade média das vítimas de assassinatos é de 29,7 anos. “Quanto mais jovem, mais exposta e propensa ao assassinato as pessoas trans estão”, afirma o relatório.

Contexto social

Os dados atualizados apontam que 90% das travestis e transexuais recorrem a prostituição como meio de sobrevivência, enquanto 6% recorrem ao trabalho informal e apenas 4% conseguem um emprego formal.

Além disso, o estudo estima que as Travestis e Transexuais são expulsas de casa pelos pais aos 13 anos, e apenas 0,02% delas conseguem chegar a universidade, 72% não possuem ensino médio e 56% não concluíram o ensino fundamental.

“Essa situação se deve muito ao processo de exclusão escolar, gerando maior dificuldade de inserção no mercado formal de trabalho e deficiência na qualificação profissional causada pela exclusão social”.

Vale dizer que o preconceito e a discriminação também são fortes fatores de inibição da autoconfiança das pessoas trans no mercado de trabalho.

Outros dados

O dossiê da ANTRA aponta que dos assassinatos, 82% das travestis são negras e que 97,7% são contra pessoas trans do gênero feminino. A maior parte das mortes são por armas de fogo (43%), seguidos de facadas (28%), espancamento (15%) ou Associação Cruzada (14%).

“Nota-se que 80% dos casos os assassinatos foram apresentados com requintes de crueldade, como o uso excessivo de violência e a associação com mais de um método e outras formas brutais de violência.

Tivemos aumento nos casos de apedrejamento e uso de arma branca como ferramenta do assassinato. 52% dos assassinatos por espancamento apresentaram associação com outros métodos cruzados durante o homicídio, como tiros, afogamento, tortura,violência sexual, etc”.

Dados resumidos do dossiê da ANTRA

• A maior parte das vítimas é jovem, entre 15 e 29 anos;
• A maioria é negra, pobre e se reivindica ou expressa o gênero feminino;
• Entre as vítimas, a prostituição é a fonte de renda frequente;
• Os crimes ocorrem principalmente nas ruas, principalmente nas ruas desertas e à noite;
• Os casos acontecem com uso excessivo de violência e requintes de crueldade;
• Os assassinos não costumam ter relação direta, social ou afetiva com a vítima;
• As práticas policiais e judiciais caracterizam-se pela falta de rigor na investigação, identificação e prisão dos suspeitos;
• É constante a precariedade e a deficiência de dados, muitas vezes intencionalmente, usados para ocultar ou manipular a ideia de uma diminuição dos casos em determinada região;
• Nos poucos casos em que a acusação é conduzida, os crimes, geralmente, ficam impunes ou os assassinos são soltos, mesmo tendo confessado, em diversos casos;
• A importância e a gravidade destes crimes tendem a ser minimizadas e explicadas pela identidade de gênero, atribuindo-lhes responsabilidade por suas próprias mortes;
• Há casos dados como “morte por causas naturais”, o que prejudica a implementação falta de um inquérito adequado para buscar as verdadeiras causas da morte, destacando, em particular, a falta de inquérito sobre as ações e envolvimento de forças policiais.
• Não há respeito à identidade de gênero das vítimas na condução dos casos e elas são registradas como indivíduos do sexo masculino, o que apresenta aumenta a subnotificação e dificulta a identificação dos casos para fins de pesquisa;
• Os casos criminais são afetados pelos estigmas e preconceitos negativos que pesam sobre as travestis e as mulheres trans;
• O descrédito de suas vozes os coloca em posições desfavoráveis como testemunhas e vítimas e, por sua vez, promove seus agressores.
• É comum a palavra dos assassinos ser utilizada para obstruir, ou enfraquecer o indiciamento ou julgamento por se apresentarem como senhores de bem;
• Travestis e mulheres trans são frequentemente recebidas mais como suspeitas do que como queixosas ou testemunhas. Isso as desencoraja de recorrer à Justiça ou às forças policiais, particularmente no caso de pessoas envolvidas em prostituição. Nos casos em que os autores fazem parte da força policial, isso também coloca em risco a vida daqueles que tentam solucionar o crime (Gilardi, comunicação pessoal, abril de 2016);
• A impunidade favorece o assassinato.

Leia o dossiê na íntegra através deste link.

Fonte: gay.blog.br

 

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