01 de Novembro de 2019 às 11:33 FONTE: G1

Ministério da Saúde lança campanha de combate a DSTs baseada no medo

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Foto: Reprodução

 

O Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (31), a nova campanha de combate às doenças sexualmente transmissíveis. O público alvo são os jovens entre 15 e 29 anos.

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Nos vídeos, que serão veiculados a partir desta sexta (1º), jovens aparecem pesquisando sobre as doenças e demonstram reações de espanto ao, supostamente, verem imagens das doenças em estado avançado.

Durante a apresentação, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi questionado sobre o fato da campanha poder aumentar o estigma das doenças sexualmente transmissíveis. Ele respondeu que não.

A campanha vai até 15 de dezembro. Segundo o ministro, "a ideia é fazer com que os jovens conheçam as doenças, já que o diagnóstico precoce é mais fácil quando a pessoa conhece os sintomas".

A campanha

Os vídeos apresentados mostram jovens buscando informações na internet sobre herpes genital, sífilis, gonorreia, HIV, HPV, hepatites virais B e C, cancro mole e clamídia. Closes nos rostos revelam que eles se impressionam com as imagens encontradas.

A ação também irá contar com depoimentos reais de pessoas que já tiveram alguma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) e falam sobre como pegaram e como lidaram com essa experiência.

O ministério quer chamar a atenção para que basta uma relação desprotegida para que a pessoa seja infectada e alertar que as doenças também podem ser transmitidas mesmo que a pessoa infectada não tenha sinais ou sintomas.

HIV

As infecções sexualmente transmissíveis podem aumentar, em até 18 vezes, a chance de ser infectado pelo vírus HIV. Isso acontece porque para ser infectado pelo HIV, a relação, além de contato com secreções, precisa ter contato com sangue.

"As ISTs, geralmente causam lesões nos órgãos genitais, aumentando a vulnerabilidade para adquirir o HIV", alerta a pasta.

As ISTs, como sífilis, gonorreia e clamídia, também podem causar morte, má-formação de feto, aborto, entre outros. Essas doenças têm impacto direto na saúde reprodutiva e infantil, pois podem provocar infertilidade e complicações na gravidez e no parto, além de morte fetal e agravos à saúde da criança.

Uso da camisinha

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções. Doenças antigas, que remontam, a idade média, como a sífilis, por exemplo, ainda pode ser considerada uma epidemia.

"Abrir mão do uso do preservativo nas relações sexuais, expõe a pessoa e os parceiros com as quais ela se relaciona às ISTs, incluindo o HIV, que não tem cura", disse o ministro Luiz Henrique Mandetta.

Homens e mulheres apresentam sinais e sintomas distintos para as diferentes ISTs, como no caso do HPV e da gonorreia. "Somente o diagnóstico pode assegurar se ocorreu a infecção, somente o tratamento pode levar à cura, e somente a prevenção pode evitar que haja a reinfecção", explica a equipe do Ministério da Saúde.

 

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